
Pelo segundo ano consecutivo, o Mato Grosso do Sul antecipou a primeira etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa do rebanho de bois e búfalos, unificando o calendário com outros 20 Estados e o Distrito Federal, ou seja, essas Unidades da Federação estão garantindo que a sanidade animal chegue mais cedo ao campo e, com isso, asseguram que a febre aftosa fique cada vez mais longe do Brasil. Com um rebanho composto por 204 milhões de bovinos e pouco mais de um milhão de búfalos, os criadores devem consumir 153,7 milhões de doses nesta primeira etapa que começa amanhã, no Dia do Trabalho. Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) explica que os produtores do Pantanal que optarem pela vacinação em maio devem imunizar todo o rebanho de 1 de maio a 15 de junho, enquanto na região do Planalto serão vacinados até o dia 30 de maio apenas os animais com até 24 meses, ou seja, cabe ao criador adotar todas as medidas para manter o MS como área livre da aftosa com vacinação, mesmo porque o maior prejudicado em caso de um novo foco será o próprio produtor.
O calendário unificado de vacinação demonstra que os Estados estão mais atentos com suas políticas de sanidade animal, fazendo com que as portas dos mercados europeu, norte-americano e asiático continuem abertas para o Brasil. Por isso, os Estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal devem vacinado todo o rebanho. Por outro lado, os Estados do Espírito Santo, Mato Grosso, Paraná e São Paulo devem vacinar apenas os bovinos e búfalos com até 24 meses de idade, enquanto em Rondônia, a campanha, que teve início em 15 de abril, termina em 15 de maio. Apesar da antecipação do período de vacinação atender as diretrizes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a erradicação e prevenção da febre aftosa em todo o território nacional, é inegável que o governo do Estado está fazendo a parte dele a partir do momento que estabelece regras para a imunização de todos bovinos e bubalinos que compõem o rebanho estadual.
Por falar em rebanho estadual, resta saber se a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal manterá o mesmo rigor na fiscalização do rebanho que é criado na Zona de Alta Vigilância, formada pelos municípios de Japorã, Mundo Novo, Porto Murtinho, Bela Vista, Caracol, Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos e Sete Quedas, ou seja, justamente as cidades que fazem fronteira com o Paraguai e por onde sempre entra o gado com o vírus da aftosa que tantos prejuízo causa ao Estado. É preciso enfatizar que tanto a Iagro e a Delegacia Federal de Agricultura (DFA) não podem fugir da responsabilidade de fiscalizar e punir os criadores que não cumprirem a obrigação de vacinar o rebanho contra a febre aftosa. Ninguém é obrigado a criar gado, mas a partir do momento que entra num mercado tão importante para a economia do Brasil e, sobretudo, do Mato Grosso do Sul, tem que seguir todas as regras de sanidade animal, cumprir com as obrigações fiscais e, mais importante, colocar a consciência acima da busca pelo lucro.
Vacinar é obrigatório e quem ignorar essa obrigação deve ser punido com o rigor da lei. Em dezembro do ano passado, por exemplo, o Iagro interditou diversas propriedades rurais que não vacinaram ou não comprovaram a vacinação do rebanho bovino contra febre-aftosa na campanha que terminou no dia 30 de novembro, mostrando que o governo do Estado está empenhado em manter um novo foco da doença cada vez mais longe do Estado. Nada mais sensato! Um Estado que tem o terceiro maior rebanho de gado do Brasil e que responde por grande parte das exportações de carne no País, não pode ficar refém da falta de consciência do pecuarista e, por isso, a fiscalização rigorosa da Iagro, com a aplicação de pesadas multas e interdição das propriedades que não cumpriram o calendário de vacinação, acaba servindo como alerta para os demais criadores. Por isto, a partir de amanhã, todos devem cumprir suas obrigações para manter a aftosa cada vez mais longe de Mato Grosso do Sul.
FONTE:Site o progresso
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